SOBRE O AMOR


O que é o Amor? Pergunte a quem vive, o que é a Vida? Pergunte a quem adora, o que é Deus?
Não conheço as constituições internas de outros homens, muito menos a vossa, a quem me dirijo nesse momento.
Vejo que em alguns atributos externos, acabam por se assemelhar aos meus, mas quando, iludido pelas aparências, pensei em apelar ao ponto em comum, e distanciando a parte mais profunda de minha alma das deles, descobri o meu idioma incompreendido, como aquele vindo de uma terra distante e selvagem.
Quanto mais oportunidades eles me têm propiciado experimentar, mais amplo tem se mostrado o intervalo entre nós, e os pontos de afinidade têm-se retirado para uma distância maior. Com um espírito mal adaptado para sustentar tal prova, apreensivo e debilitado por sua própria delicadeza, tenho, por toda parte, procurado a compreensão e encontrado apenas a recusa e a decepção.
Vós me perguntastes o que é o Amor? É aquela poderosa atração que nos encaminha a tudo aquilo que nós concebemos, ou temos, ou esperamos além de nós mesmos, quando descobrimos dentro de nossos próprios pensamentos o abismo de um vazio insuficiente, e procuramos despertar em tudo que somos, uma comunhão com o que experimentamos dentro de nós próprios. Se nós raciocinamos, então seremos entendidos; se nós imaginamos, é por desejarmos que as juvenilidades mais graciosas de nossa mente nasçam novamente dentro de outras; se sentimos, é por desejarmos que controle das emoções do outro vibre apenas por nós, que o brilho dos olhos do outro se ilumine de uma vez só e misture-se e molde-se dentro do nosso próprio, que lábios de um frio paralisante não respondam com um tremor seus, mas que queimem diante da melhor disposição do coração. Isto é o Amor.
 Isto é o laço e a confirmação que conecta não somente o homem ao homem, mas a tudo o mais que existe. Nós nascemos em um mundo, e há algo dentro de nós que, a partir do instante em que vivemos, mais e mais cobiça a seu semelhante. É provavelmente em correspondência a essa lei que o bebê suga o leite do seio de sua mãe; esta propensão se amplia com o desenvolvimento de nossa natureza. De um modo obscuro, verificamos dentro de nossa natureza intelectual uma miniatura como se esta fosse parte de nosso todo, mas desprovida de tudo o que nós condenamos ou desprezamos, sendo o protótipo ideal de tudo que é excelente ou amável e que nos capacita a conceber como pertencente à natureza do homem. Não somente a imagem de nosso ser exterior, mas uma reunião das partículas mais insignificantes das quais nossa natureza é composta; um espelho cuja superfície reflete somente as formas da pureza e do esplendor; uma alma dentro de nossa alma que descreve um círculo em torno de seu próprio paraíso, onde a dor, a aflição e o mal não ousam ingressar. A este nós apaixonadamente referimos todas as sensações, desejando que elas sejam semelhantes ou se correspondam a ele. A descoberta dele antecipa; o encontro com um entendimento capaz de esclarecer a estimativa de nosso próprio ser; uma imaginação que deveria ingressar e se apropriar das sutis e delicadas peculiaridades que nos deleitamos em guardar com todo carinho e desvelá-las em segredo; com uma disposição de espírito cujos sentimentos, tais como cordas de duas delicadas liras dão o fortalecimento ao acompanhar uma delicada voz, vibrando com as vibrações de nosso próprio ser; e de uma combinação de todos estes em tal proporção como o modelo dentro de nós exige; este é o ponto invisível e intangível onde o Amor atua; e para conquistar isso que ele sempre encoraja os poderes do homem em aprisionar a mais tênue sombra daquilo, sem o controle do que não há descanso ou trégua para o coração no que ele governa. Sendo assim que na solidão, ou naquele estado abandonado quando nos encontramos cercados por seres humanos e, mesmo assim, estes não se sensibilizam conosco, amamos as flores, a relva, os regatos e o firmamento. No movimento de cada folhagem da primavera, no azul do céu, há então uma correspondência secreta revelada ao nosso coração. Há eloqüência no vento sem voz, e uma melodia nos ribeirões que fluem, no farfalhar dos juncos ao longo destes, que pela inconcebível relação de algo que existe com a alma, desperta o espírito para uma dança de um êxtase ofegante, trazendo lágrimas de uma misteriosa ternura aos olhos, tal qual o entusiasmo do sucesso patriótico, ou a voz daquela que amamos ao cantar apenas para nós
Eugenio Santana

ENCONTROS - ANDREA LUCIA

O que posso dizer de um encontro?

Quero encontrar alguém...
Que me transporte para além...
Além do que eu possa imaginar...
Além do que eu pensava encontrar.

Quero encontrar um amigo...
Que me leve consigo...
Que me divirta por um instante...
E que saiba ser meu amante

Quero encontrar um amante...
Que me ame por mais de um instante...
Que faça o instante muito durar..
E juntos, muito amar.

Quero encontrar um homem...
Que não me lembre o ontem..
Que viva o presente...
Que me tenha sempre em mente.

Quero encontrar um amor...
Que me faça esquecer a dor...
A dor da solidão...
E que tenha o dom do perdão.

Enfim... quero encontrar alguém:
Amigo, amante,homem... um amor
que só alguem muito especial tem.
VOCÊ

POEMA DO TEATRO - ANDREA LUCIA






































Ao fechar a cortina do teu poema,
Grito bravo! Bravíssimo!
Como continuação dessa cena...
Só outro ato igualmente belíssimo!

Inicia-se o segundo ato...
Vibro e curto imensamente,
A fantasia e o ato...
Misturam-se novamente!







Um delírio: o recomeço
Em cena: fantasia e ato!
Te virando do avesso...
No palco desse teatro!

Ato e fantasia se combinam...
Num poema de paixão.
Versos que sempre terminam...
Numa história de amor intenso....
 


A FORÇA DO AMOR

Eram noivos e se preparavam para o casamento, quando o pai da noiva descobriu que o rapaz era dado ao jogo.
Decidiu se opor à realização do matrimônio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo, jamais seria um bom marido.
Contudo, a jovem obstinada decidiu se casar, assim mesmo. E conseguiu,  fazendo valer a sua vontade, vencendo a resistência do pai.
Nos primeiros dias de vida conjugal, o rapaz se portou como um marido  ideal. Entretanto, com o passar dos dias, sentia crescer em si cada vez  mais o desejo de voltar à mesa de jogo.

Certa noite, incapaz de resistir, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.
Em casa, a jovem tomou um bordado e ficou aguardando. Embora ocupada  com o trabalho manual, tinha os olhos presos ao relógio. As horas  pareciam passar cada vez mais lentas.

Já era alta madrugada,  quando o marido chegou. Nem disfarçou a sua irritação, por surpreender a  companheira ainda acordada. Logo imaginou que ela o esperava para  censurar a sua conduta.
Quando ele a interrogou sobre o que  fazia àquela hora ela, com ternura e bondade na voz, disse que estava  tão envolvida com seu bordado, que nem se dera conta da hora avançada.
Sem dar maior importância à ocorrência, ela se foi deitar. 
No dia seguinte, quando ele retornou ainda mais tarde da casa de jogos, a encontrou outra vez a esperá-lo.
"Outra vez acordada?", perguntou ele quase colérico.
"Não quis que fosse se deitar, sem que antes fizesse um lanche. Preparei torradas, chá quentinho. Espero que você goste."
E, sem perguntar ao marido onde estivera e o que fizera até aquela  hora, a esposa o beijou carinhosamente e se recolheu ao leito.
Na terceira noite, ela o esperou com um bolo delicioso, cuja receita lhe fora ensinada pela vizinha.
Antes mesmo que o marido dissesse qualquer coisa, ela se prendeu ao  pescoço dele, abraçou-o e pediu que provasse da nova delícia.
E assim, todas as madrugadas, a ocorrência se repetiu. O marido começou a se preocupar.
Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa, que o esperava, pacientemente, como um anjo da paz.
Começou a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo de indiferença e quase repulsa por tudo quanto o rodeava.
O que ele tinha em casa era uma mulher que o esperava, toda madrugada, para o abraçar, dar carinho. E ele, ali, naquele lugar?
Aos poucos, foi se tornando mais forte aquele incômodo. Finalmente, um  dia, de olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro  cenário, o rapaz se levantou de repente da mesa de jogo.
Como se cedesse a um impulso quase automático, retirou-se, para nunca mais voltar.
Nos dias de hoje, é bem comum os casais optarem por se separar, até por motivos quase ingênuos.

i> Poucas criaturas decidem lutar para harmonizar as diferenças, superar  os problemas, em nome do amor, a fim de que a relação matrimonial se  solidifique.
Contudo, quando o amor se expressa, todo o panorama se modifica. É difícil a alma que resista às expressões do amor.
Porque o amor traz a mensagem da plenificação, do bem estar, da alegria.
Desta forma, é sempre salutar investir no amor, expressando-o através de gestos, pequenas atenções, gentilezas.
O amor é o sentimento por excelência e tem a capacidade de transformar situações e pessoas.
Pense nisso. Experimente-o agora.

                 Rosa vermelha ELIANA

Reze o Cerco de Jericó com Padre Marcelo Rossi - Derrube as muralhas que cercam sua vida


O Cerco de Jericó é uma campanha de sete dias e sete noites de oração. Sua inspiração mais remota encontra-se no capitulo 6 do livro de Josué, na Bíblia. O texto sagrado nos conta que antes de chegar à terra prometida o povo de Israel se viu diante das grandes muralhas de Jericó que o impediam de prosseguir a caminhada.
Obedecendo a voz de Deus, Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, convidou os Israelitas a orarem durante sete dias e sete noites rodeando as muralhas de Jericó, tendo a frente a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com seu povo.

Josué e os Israelitas acreditaram na promessa divina de que no sétimo dia durante a sétima volta as muralhas cairiam e eles alcançariam a vitória, coisa que de fato aconteceu porque o Senhor é fiel e cumpre suas promessas!

Nos nossos dias colocamo-nos diante de Jesus e confiantes no poder da oração, pedimos que Ele derrube as muralhas que nos impedem de tomarmos posse de uma vida mais santa e feliz. Sem dúvida alguma, é uma poderosa oração que milhões de pessoas podem testemunhar graças alcançadas por essa oração: queda das muralhas financeiras, profissionais, familiares e pessoais, além das curas de doenças "incuráveis", milagres inexplicáveis e libertações de toda espécie.
 Padre Marcelo Rossi


SONETO DO AMOR TOTAL


Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Vinícius de Moraes)

NULIDADE MATRIMONIAL - Comunidade Unidos em Cristo

Todo mundo sabe que a Igreja considera o sacramento do matrimônio como indissolúvel. O que pouca gente sabe é que muitos matrimônios podem simplesmente nunca terem existido. Mesmo que o casal tenha formado uma família. São os casos em que a Igreja declara um matrimônio como nulo.

São situações em que as pessoas se casam por pressão ou medo, por exemplo. Nestas horas, os tribunais eclesiásticos auxiliam muitos casais a descobrirem se o casamento foi realmente válido.

O que Deus uniu, o homem não separa. Mas por ano, cerca de 580 mil pessoas rompem o casamento por meio de separação ou divórcio.

Crise que a Igreja aponta como causa a mudança de comportamento social. Foi pensando neste assunto que Irmã Maria Nilsa de Almeida escreveu um livro que aborda o tratamento da Igreja católica quanto a declaração da nulidade do matrimônio.

Dom Hugo Cavalcante é presidente da Sociedade Brasileira dos Canonistas, orgão composto na maioria por Juizes dos tribunais eclesiais da Igreja Católica no Brasil. Ele explica que o catolicismo se preocupa em se atualizar para atender melhor a necessidade dos fiéis.
O primeiro casamento de Rosimary durou um ano e meio. Os pais forçaram o matrimônio por ela ter perdido a virgindade ainda solteira.

Depois de separada ela conheceu Cláudio, com quem teve Pedro. Mas o casal ainda não se preocupava em seguir as normas da Igreja. Depois de uma experiência religiosa, souberam que era possível questionar a validade do casamento dela. A partir daí foram seis anos de espera.

O matrimônio é um sacramento da Igreja católica e é indissolúvel. Somente poderá ser considerado nulo se os tribunais eclesiásticos considerarem fatos que ocorreram antes, e não depois do casamento.

Rosemari e Cláudio hoje vivem uma relação estável e feliz. Em paz com a Igreja e com a consciência.

Luiz Carmona, e sua esposa Eneida Carmona, fundadores da CUC, são psicólogo peritos do tribunal eclesiástico.

PAIXÃO - QUE SENTIMENTO É ESSE?


Sentimento...
Que nos tonteia,
Que nos desnorteia,
Que nos deixa sem ar,
Que faz o coração acelerar,
Que tira nossos pés do chão,
Que faz sangrar nosso coração,
Que sonhamos até mesmo acordados,
Que desejamos sempre sermos beijados,
Que faz com que não tenhamos mais razão,
Que faz com que fiquemos cegos de emoção,
Que é tão bom que dura o tempo de um segundo,
Que faz parecer não existir mais ninguém no mundo,
Que é algo tão intenso, louco, arrebatador e passageiro,
Que me faz ficar insana, encantada, absorta e prisioneira?
Que me faz perder a cabeça, me tira a razão e a ilidade;
Que me tira a paz, o sossego e me deixa fora da realidade;
Que me envolve, me consome, me corrói e me sacrifica;
Que me dói, me emociona, me agrada e me dignifica;
Que me preenche o espírito e me enche de alegria;
Que me acaricia a alma e me enfeita de magia;
Que me faz ficar radiante e me incendeia;
Que me faz ficar fervorosa e me clareia;
Que me proporciona dias radiantes;
Que lembra coisas emocionantes;
Que abusa da minha emoção;
Que encanta meu coração;
Que não tem explicação;
Que me mata de tesão;
Que me dá sensação;
Que dói sem razão;
Que dá comichão;
Que não é são;
Que é em vão;
Que é glutão;
Que é peão;
Que é mão;
Que é sim;
Que é não;
Que é pai;
E é chão;
É Paixão!
(Andrea Lucia)

SONHO DE AMOR









nho
"Ser feliz é Fazer do ódio, o amor
Do amor, um alguém Desse alguém, uma vida"
Sonho de Amor
Quero afundar no teu olhar,
quero sentir o sabor da tua boca, sentir o que eu sempre quis,
quero saber mais sobre você, quero navegar nos teus sonhos,
quero acreditar no verdadeiro amor,
quero sentir meu coração respirar novamente,
quero ter você só para mim,
quero sentir o cheiro do teu perfume,
quero olhar para você e sorrir,
quero contar meus segredos e compartilhar minha vida com você,
quero tocar na tua pele e encontrar teu brilho,
quero viver com você para sempre. . . .
Numa linguagem que só duas almas em perfeita
comunhão entendem...
É em ti que me quero perder,apenas para me encontrar...
beijos com amor
e cari
nho- selma

O SÍMBOLO QUE PRECISAMOS INCORPORAR



Obviamente só um poeta, livre das ataduras e limitações físicas e racionais, pode nos apresentar tal ideal de beleza.

Na cultura ocidental, o unicórnio simboliza um ser criado pela capacidade humana de sonhar. No poema de Rilke, ele é criado por amor, e espaço lhe é dado por aqueles que ousam acreditar na possibilidade de que ele poderia existir...

Isto é apenas o sonho de um poeta? Que diz a ciência moderna?

Ela nos fala do vácuo quântico, ou seja, um conjunto infinito de potencialidades latentes. Nós extraímos umas poucas delas, as congelamos e criamos assim a “realidade”. Mas existe vastíssimo campo de possibilidades que o sistema – como está organizado – rejeita, por que não são “práticas”, “operacionais”, nem geram lucros imediatos.

Entretanto, a ciência mais avançada nos fala de um vácuo quântico, impregnado de muitíssimas possibilidades. Preferimos combinar a ciência com a poesia e a espiritualidade, alicerçados num enfoque transdisciplinar, e dizer que o Universo é um campo de unicórnios, ou seja, um oceano de possibilidades que podemos manifestar, se elas forem construtivas.

Cada unicórnio representa um sonho. Precisamos é de líderes para a Vida, líderes de uma nova sociedade, que substitua esta que nos asfixia e é cada vez mais insuportável. Os verdadeiros líderes são aqueles que conseguem fazer acontecer coisas que outros – afundados no comodismo, no egoísmo e na banalidade – acham impossíveis, totalmente utópicas.

 

O grande sonho do século XXI é, finalmente, começar a construir uma sociedade mais justa, mais digna e mais humana. Ou seja, um Grande Unicórnio.

Os líderes verdadeiros o farão, cada um contribuindo com um átomo daquele, apesar de que uma imensa multidão de céticos, hipócritas e cínicos o considerem impossível, um devaneio, o sonho de um visionário inconseqüente, uma verdadeira tolice.

 


Propomos, portanto, que o unicórnio seja o símbolo do século XXI, a ser ostentado por aqueles que estejam suficientemente conscientizados acerca da atual problemática humana, e que tenham incorporado adequadamente o conceito realmente moderno do vácuo quântico (ou “campo de unicórnios”), onde as possibilidades são infinitas. Uma delas é assumir a dimensão espiritual na Educação Superior, tal como recomenda a UNESCO (1998).


 Este enfoque envolve um toque de Transdisciplinaridade, onde a ciência mais avançada (aquela que nos fala do vácuo quântico), a poesia (que fala de campo de unicórnios) e a espiritualidade (que fala de dimensões superiores) se combinam e se integram, de forma natural, porque todas elas têm a ver com a essencialidade do ser humano e sua relação com as Energias Superiores.

Convidamos-lhe, pois, a se transformar em um verdadeiro líder, empunhando o símbolo do unicórnio como um cetro, dissolvendo as trevas e abrindo espaço para a luz. Ela sempre existiu, existe e existirá, aguardando que o ser humano acorde e manifeste (através do vácuo quântico, do campo de unicórnios, das dimensões superiores), aquela sociedade que – no fundo de nossos corações – todos almejamos.

Trabalhando nesta senda, utilizando tanto o conhecimento antigo como o moderno, poderemos transformar esta sociedade em um lugar digno de viver.

 


Eugenio Santana, FRC 

BLUE BIRD (*)



Hoje estamos grávidos – inflados.
Estamos informatizados, coisificados, robotizados.
Não temos culpa – nascemos sob o signo da incerteza:
Geração James Dean, Elvis, Elis, Vandré, Alex Polari,
Chico Buarque, Joplin, Hendrix, Bob Marley, Lennon;
Gláuber, Pasolini, Wim Wenders, Vinícius e Drummond.
Transpomos os portais desses anos amorais
E sobrevivemos – caminhando na contramão,
Trilhando o caminho inverso – entre mortos e feridos.
Pacientes terminais e os cientistas
Que tentam inutilmente legalizar a eutanásia
E manter os mortos – vivos...
A vida e suas flores, folhas, frutos, contradições
E frustrações – continua a mesma:
Neomodernismo, miséria, impunidade, exclusão;
arrogância, oportunismo, prepotência e pose.


 

E nós – os restantes? Continuamos a luta vã
Sem hipocrisia. Ilesos da mediocridade. Diáfanos.
Buscamos incessantemente o amor
Que, muitas vezes, agride, dissimula, estertora, devora;
Vampiriza, surpreende e desfigura.
Hoje, afastados do que fomos
Estamos mergulhados no profundo poço
Dessa abominável realidade.
Um ano, dois, cinco, dez, cem – cem anos de decepção?
Nós os 5% por cento, estamos fraternos, visionários,
Utopistas, holísticos e planetários,
Buscando a MontanhAzul
Onde mora o Pássaro da mesma cor..



(EUGENIO SANTANA, FRC