Quem é bom mesmo faz o que ninguém quer fazer


sex, 23/04/10
por Thiago Cid |
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Se um belo poster e palavras bonitas são tudo que você precisa 
para se motivar, você provavelmente tem um trabalho muito fácil. Do tipo
 que os robôs estarão fazendo em breve.
Se um belo poster e palavras bonitas são tudo que você precisa para se motivar, você provavelmente tem um trabalho muito fácil. Do tipo que os robôs estarão fazendo em breve.
As opiniões do americano Lawrence Kersten, guru da DESmotivação, levaram os leitores aqui do blog a reações  radicalmente opostas no meu post anterior. Kersten é um ex-professor universitário que abriu uma empresa para vender produtos que ironizam as amarguras do trabalho. O seu principal alvo são os discursos motivacionais usados pelas empresas e consultores. Kersten tripudia de mensagens inspiradoras. “O copo está meio vazio. Lide com isso”, diz um de seus produtos – uma xícara com um risco na metade. Outra que eu gosto, com um pinguim simpático, é “Limitações: até que você abra bem as suas asas, você nunca saberá quanto pode caminhar”.
Kersten não faz questão de ser gentil ou cativante, e afirma fazer o bem ao atacar o que considera ilusões. “As pessoas precisam tomar responsabilidade por suas vidas”, afirma. Para ele, é possível que alguém encontre significado, paixão e excitação no trabalho, mas é uma busca interior, quase espiritual. Tem a ver com sensação de ser capaz de realizar tarefas desafiadoras, da satisfação quase orgásmica de ver o trabalho pronto. Cultivar ilusões de que um dia as coisas hão de melhorar, na visão dele, só agrava o descontentamento.
Nessa linha de raciocínio, é melhor ser prático e cético: em vez de confiar no pensamento positivo e num destino justo, é preciso estudar, trabalhar, procurar os contatos certos e manter a serena consciência de que tudo isso talvez não baste. É preciso correr riscos, conter o choro e aprender a assimilar os golpes. De certa forma, o trabalhador de Kersten é uma espécie de lutador de vale tudo na arena corporativa: ele não se abala com os socos e pontapés. O que o motiva são os resultados, a vitória eventual, o serviço feito, o reconhecimento interior de ser capaz.
Não é uma tarefa fácil, já que somos sensíveis e carentes de reconhecimento. Atingir o estágio de disciplina mental e clareza de propósito defendido por Kersten é um processo. O sr. Desmotivação sugere quatro pontos a conquistar nessa jornada. Segundo ele, quanto mais você avançar nesses quesitos, menos será atingido por aborrecimentos e decepções no mundo do trabalho. Eis os conselhos:
- Perspectiva: a vida é difícil e todo trabalho é duro. Se você aceitar essa premissa, as coisas ficam mais fáceis. “Para mim, a insatisfação está enraizada na ideia que o trabalho deveria ser mais interessante, ter mais significados ou trazer recompensas”, diz. Segundo Kersten, falta a percepção de que até os melhores trabalhos tem aspectos frustrantes, irritantes ou entediantes. Trabalha-se para sobreviver. Uma vez aceito isso, pode ficar mais fácil ver coisas boas coisas no trabalho.
- Autocontrole: é a disciplina fundamental para que exista chance de se conquistar uma satisfação genuína. “Falo de controle sobre aspectos mundanos da vida: tempo, sono, exercícios, dieta, atenção, emoções”. Quanto mais controle você tiver, menor a probabilidade de ser controlado pelas circunstâncias.
- Autodeterminação: a motivação vinda de fora se esvai quando a pessoa sente que está sendo controlada ou manipulada. Recompensas, metas, avaliação e competição são mal vistas por muita gente. Para superar essa percepção, quem trabalha deve atribuir significado a suas ações — por exemplo, com metas pessoais de eficiência, produtividade, criatividade, relacionamento com colegas. “O ótimo profissional é aquele que assume as situações que a maioria das pessoas acha frustrante ou difícil e encontra satisfação simplesmente por se ver capaz de resolver a complicação”.

Quem trabalha deve atribuir significado a suas ações — por exemplo, com metas pessoais de eficiência, produtividade, criatividade, relacionamento com colegas. “O ótimo profissional é aquele que assume as situações que a maioria das pessoas acha frustrante ou difícil e encontra satisfação simplesmente por se ver capaz de resolver a complicação”.
- Aprender a lidar com pessoas difíceis: os colegas de trabalho podem ser uma grande fonte de motivação ou de aporrinhamento. Um dos principais talentos que um profissional pode desenvolver é a capacidade de interagir com pessoas difíceis – os arrogantes, os grosseiros, os folgados, os invejosos e por aí vai. Aqueles capazes de driblar as intrigas e alfinetadas e se concentrar no trabalho se destacam. É uma espécie de desdém enlevado, que exige combinações em doses diversas de humildade, criatividade e capacidade de persuasão.

POETAS SÃO IMORTAIS.


Rubem Alves, em coluna veiculada no jornal Folha de São Paulo, traz à tona uma questão bastante singular do ofício do escritor: as múltiplas vidas criadas, os inúmeros olhares assumidos, as inusitadas leituras de um mesmo mundo. De início, lembra Fernando Pessoa, poeta que se destacou na revelação das diversas faces do  mesmo homem. O fenômeno da heteronímia marcou sua trajetória poética. Tantos poetas em um só.
O ato de escrever é solitário, a criação é solitária. Movido por afetos, amores, tristezas, angústias , o escritor vai dando vida às palavras, em uma tessitura repleta de significados.
Em sua Profissão de Fé, desabafa Olavo Bilac:

E horas sem conto passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.
Porque o escrever - tanta perícia,
Tanta requer,
Que oficio tal… nem há notícia
De outro qualquer.
O escritor doa um pouco de si a cada obra produzida. Parte do seu eu repousa ali, muitas vezes, uma parte sua esquecida. E se assombra a cada nova leitura, percebendo-se novo no já distante pelo tempo. Mas na redescoberta de si,  no resgate de sua essência, reafirma seu pensamento. É a sua vida, a sua trajetória.

Vive! que eu viverei servindo
Teu culto, e, obscuro,
Tuas custódias esculpindo
No ouro mais puro.

Celebrarei o teu oficio
No altar: porém,
Se inda é pequeno o sacrifício,
Morra eu também!

Duas Caixas - Rubem Alves
Alguém me mostra um texto e diz que fui eu quem o escreveu. Leio-o, mas é como se tivesse sido escrito por outra pessoa
FERNANDO Pessoa escrevia, lia o que escrevera e se assombrava. “Por que escrevi isto? Onde fui buscar isto? Isto é melhor do que eu…”
Coisa parecida acontece comigo. Alguém me mostra um texto e diz que fui eu quem o escreveu. Leio-o, mas não o reconheço. É como se tivesse sido escrito por uma outra pessoa. Mas, à medida em que vou lendo, vou ficando alegre. É um texto bom, melhor do que eu! Faço então as mesmas perguntas que fazia Fernando Pessoa ao ler o texto que acabara de escrever.
Sinto, então, vontade de publicar aquele texto de novo. Se ele surpreendeu a mim, é de se esperar que o mesmo aconteça com os leitores. E por que não?
Sei que Freud achava que a compulsão à repetição é um sintoma neurótico. Mas essa não é toda a verdade. Digo que o desejo da repetição pode ser a reação da alma diante da beleza. Quero ouvir de novo a “Valsinha”, quero ver de novo as telas de Carl Larsson, quero comer de novo um frango com quiabo mi neiro, quero ver de novo os ipês floridos…
Eu gostaria de publicar inteiros dois artigos que escrevi faz muito tempo. Eu os reli e gostei. Para que meus leitores saibam o que penso da educação. Como não posso publicá-los inteiros, vou publicar o essencial. E foi isso que escrevi:
“Explicações conceituais são difíceis de se aprender e fáceis de se esquecer. Por isso, caminho sempre pelo caminho dos poetas, que é o caminho das imagens. Em vez de explicar por meio de conceitos abstratos, vou mostrar o que digo por meio de imagens. Quem aprender as imagens terá aprendido o essencial da minha filosofia de educação.”
“O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do poder, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração e do prazer, ele leva uma caixa de brinquedos.”
“Os animais não precisam de ferramentas. Seus corpos são as ferramentas de que necessitam para viver. Diferentes dos animais, nossos co rpos são fracos e incompetentes. Se fôssemos depender deles para sobreviver, como os animais, há muito teríamos desaparecido da Terra. A fraqueza e a incompetência obrigaram o corpo a pensar e a criar. E foi assim que inventamos porretes, pilões, facas, flechas, redes, barcos, casas, como extensões do corpo.”
“A primeira tarefa de cada geração, dos pais e das escolas, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles sobrevivam e não tenham de começar da estaca zero.”
“Diante da caixa de ferramentas, a primeira pergunta que um professor tem de fazer é: “Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma esse conhecimento aumenta a competência dos meus alunos para viver a sua vida?”
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração e do prazer. Essa caixa está cheia de coisas inúteis que não servem para nada. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a estória de “Alice no País das Ma ravilhas”, um pé de jasmim, um quadro do Monet, uma sonata de Mozart, um banho de cachoeira, um beijo… Coisas inúteis. E, no entanto, elas são parte da vida e nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que saibamos, além de viver, sorrir e ter prazer?
Resumo da minha filosofia de educação:
Primeiro, aprender ferramentas, para ter poder.
Segundo: aprender os brinquedos, para ter prazer  


AMOR QUE DOI E NAO SE VÊ. IRACEMA VERLY DE SALLES

O pior de mentir é que cria falsa verdade. (Não, não é tão óbvio como parece, não é truísmo; sei que estou dizendo uma coisa e que apenas não sei dizê-la do modo certo, aliás, o que me irrita é que tudo tem de ser "do modo certo", imposição muito limitadora.) O que é mesmo que eu estava tentando pensar? Talvez isso: se a mentira fosse apenas a negação da verdade, então este seria um dos modos (negativos) de dizer a verdade. Mas a mentira pior é a mentira "criadora". (Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a pensar eu sabia muito bem o que eu sabia).
Clarice Lispector
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"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar

Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz

E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor

E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz"
Charles Chaplin
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"E assim eu vou... E assim eu sigo...
Mas gostaria que você seguisse comigo também!
Vamos juntos da mesma forma que o Boiadeiro,
Vai conduzindo sua boiada, corda na mão, laços firmes,
Para lançar esperanças!
Olho fixo no destino que nos espera!
A estrada é longa... não importa...
A beleza da paisagem vai nos aliviar o cansaço da viagem!"

Pe Fábio de Melo!

Um diálogo sobre a vida e a filosofia



Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo reabilitaram a epístola. Seus livros de cartas que enviaram um para o outro são bestsellers
Redação ÉPoca
 Divulgação
PARCERIA
O escritor Gabriel Chalita (à esq. na foto) e o padre Fábio de Melo reabilitaram um gênero literário esquecido: a epístola. Seus livros de cartas são campeões de venda
 Divulgação
A troca de cartas foi aparentemente esquecida desde o advento da internet e do e-mail. A correspondência virtual imprimiu aos nossos tempos um estilo de comunicação seco e direto, sem a intimidade característica das cartas outrora escritas à mão. Não há, porém, nada num e-mail que o impeça de resgatar esse tom epistolar. É precisamente esse o maior recado do segundo livro da dupla formada pelo escritor Gabriel Chalita e pelo padre, cantor e compositor Fábio de Melo. O volume Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder (Editora Globo, 225 páginas, R$ 39,90) reúne a correspondência virtual trocada pelos dois entre setembro de 2009 e fevereiro deste ano. As 18 cartas – ou e-mails – versam sobre suas inquietações a respeito de conceitos como vitória e derrota e traduzem visões singulares de vida e filosofia. Seu tom sincero e genuíno renova um gênero literário quase esquecido: a epístola (leia abaixo os trechos selecionados das cartas) .
No primeiro livro da dupla, Sobre medos contemporâneos (lançado no ano passado pela Ediouro), Chalita e o padre Fábio escreveram sobre solidão, fracasso, inveja, envelhecimento. Foi um dos cinco livros mais vendidos de 2009. “No novo livro procuramos discutir o significado do conceito de ganhar e perder”, diz Chalita. “As pessoas se sentem derrotadas por coisas tão simples, como ir mal numa prova, perder o emprego, problemas amorosos.”
Não há registro no livro de local ou de data de cada uma das 18 cartas trocadas. “Os assuntos de que tratamos ali são atemporais”, afirma Chalita. Aos 41 anos, formado em Direito e filosofia, Chalita é professor de graduação e pós-graduação da PUC-SP e da Universidade Mackenzie, membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Em 2008, foi o vereador mais votado nas eleições municipais paulistanas, com 102 mil votos. Já lançou 50 obras – o primeiro título quando tinha 11 anos: uma carta dirigida a Deus, perguntando por que seu irmão, com síndrome de Down, não se curava.
O padre Fábio de Melo, de 39 anos, é formado em filosofia e teologia. Já lançou crônicas, contos e ensaios filosóficos. É referência hoje no universo da música cristã. Seus 12 CDs ultrapassaram a marca de 2 milhões de cópias vendidas e transformaram-no em ídolo popular.
Chalita conheceu padre Fábio há seis anos no programa de entrevistas que apresenta na rede Canção Nova, ligado ao movimento católico conhecido como Renovação Carismática. A afinidade dos dois em filosofia e literatura conduziu à amizade e à intensa troca de e-mails sobre temas contemporâneos. “A gente não discutia nada previamente ou decidia sobre o que trataríamos em nossos e-mails”, diz Chalita. “Não houve pesquisa de nenhum dos lados. Escrevemos sobre as experiências que estávamos vivendo.”
No novo volume, intitulado ao estilo dos filósofos clássicos como Sobre ganhar e perder, Chalita inicia uma carta contando “os horrores praticados na Tanzânia contra os albinos”, história relatada por uma jurista num congresso de direitos humanos. Por lá, há uma superstição: os albinos são vítimas de rituais de mandinga e sacrificados. Muitos tanzanianos acreditam que o sangue ainda quente dos albinos traz sorte. Vencer, para os feiticeiros da Tanzânia, é realizar a proeza de matar albinos e sorver-lhes o sangue ainda quente. Na resposta de padre Fábio, ele destaca o entendimento equivocado do conceito: “É lamentável que nos dias de hoje ainda tenhamos de admitir tamanho absurdo. O fato nos leva a compreender que, em muitos lugares do mundo, o respeito ao ser humano ainda não aconteceu. Ele ainda está condicionado a fatores culturais”.
O diálogo mantido ao longo do livro é comparado pelo padre Fábio aos debates na ágora, praça das antigas cidades gregas onde era realizada a troca de mercadorias e de ideias. À maneira dos filósofos gregos, ele se debruça sobre o que define como “a filosofia do cotidiano, a reflexão nossa de cada dia”.
Além do tom intimista, outro recurso usado pelos missivistas para aproximar essa filosofia do leitor é citar poemas, romances, estudos e filmes. A vida dos outros, longa-metragem alemão, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007, é lembrado por Chalita como exemplo do interesse que as relações humanas despertam. No filme, um espião da Stasi, a polícia secreta do governo alemão oriental, se sente tocado pelo drama vivido pelo casal que espionava e, anonimamente, acaba por ajudá-lo. Chalita cita ainda A era dos direitos, do filósofo italiano Norberto Bobbio, como exemplo da importância do estado de direito, da democracia, da paz e de valores humanos: o aprendizado com as diferenças e o amor.
Em Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder, assim como em Sobre medos contemporâneos, Chalita e padre Fábio procuram promover uma reflexão sobre as relações humanas e tudo o que as envolve: sentimentos, pensamentos e atitudes. Padre Fábio relembra os dizeres bíblicos e compara a boa palavra ao bom alimento, ambos necessários a uma vida saudável. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”, diz ele. “As pessoas erram muito porque refletem pouco.” As palavras trocadas pela dupla revelam como o e-mail pode ser um gênero de comunicação enriquecedor.
Trechos de uma carta de Gabriel Chalita
“Querido irmão padre Fábio,Depois de alguma pausa, voltemos à nossa prosa. No fluxo de nossa vivência, vamos aquinhoando experiências. Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos. A imagem surge como os sentidos captando impressões. Depois dela, vem o conceito. O conceito é o que permanece quando a imagem se esvai. É como o conhecimento que fica com o avançar da aprendizagem. Lançamos mão de excessos para que a viagem fique mais leve ou para que o compartimento dos nossos sentidos receba outros companheiros. O bom conceito é aquele que traz a companhia da bondade, da gentileza, do respeito, entre outros avidamente esperados. Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”

“Querido amigo,Este é um ensinamento fundamental: não permitir que a nossa vida caia no banal. Ler Dostoiévski, Tolstói, ou ouvir as histórias de Rosa, ou de dona Ana, ou de dona Anisse; beber em Padre Vieira, ou em mulheres e homens que nas praças e nas esquinas oferecem o paladar apurado pelo tempo; tudo isso nos tira do banal e nos empresta ornamentos para nossa travessia. Amigo, quando escrevo para você, escrevo para mim também. O verbo vai ganhando autonomia. As palavras são desafiadoras. Fico pensando se de fato eu paro, nem que seja em algumas janelas, para contemplar as vidas que se escondem por detrás dos véus das cortinas ”

Trechos de uma carta de Fábio de Melo
“Meu querido Gabriel,Há discursos extensos que não nos presenteiam com palavra alguma. É a fala infértil, prolixa, redundante. Não agrega absolutamente nada ao que somos, mas ao contrário é capaz de nos retirar a alegria e a disposição. Neste mundo em que vivemos, é muito comum nos depararmos com discursos assim. Mas há outros que são ricos de palavras geradoras. São construídos a partir de uma visão holística da realidade, capaz de abarcar inúmeros aspectos numa mesma trama de palavras. É o discurso que não abre mão da sensibilidade, que realiza a proeza de colocar na mesma pauta razão e emoção. Meu amigo, sua carta é um celeiro de palavras geradoras. Seu olhar sobre o mundo é profundo e respeitoso. A raiz de tudo isso é o amor que você tem pela humanidade. Não é possível refletir as questões fundamentais da comunidade humana sem que por ela existam amor e respeito ”

“Meu amigo Gabriel,sua carta me proporcionou uma pequena viagem literária. Foi interessante reencontrar o contexto profundo dos personagens de Machado, atado à retórica eloquente de padre Vieira. De um lado está o escritor que não temeu descrever as mazelas humanas. A escrita vigorosa de Machado colocou à luz o subterrâneo da condição humana. De outro, está o homem que cresceu sob a luz esperançosa da fé cristã. O que por Machado foi revelado com perspicácia e ironia, por ele foi refletido a partir de rebuscadas teologias. A condição frágil e inacabada do ser humano encontra redenção no Evangelho que padre Vieira anuncia"

Você tem o poder de destruir e de construir as pessoas!


Queria falar para você sobre o poder da palavra. A palavra do amor, exercitada no cotidiano. Há palavras de amor como: "Seja bem-vindo!"; "Estava com saudade"; "Te amo tanto!"; "Que bom que você está aqui!"... São pequenas palavras de amor, mas que têm o poder de fazer as pessoas melhores.
Palavras de amor na relação entre pais e filhos. Como os jovens e crianças estão carentes dessas palavras; os filhos aprendem com os pais as palavras amorosas, com a pessoa que trabalham em casa, com as gentilezas.
A palavra tem o poder de fazer uma pessoa acreditar nela mesma, fazendo-a recuperar a alegria.
Há também palavras de desamor, as quais são um veneno e trazem a maldição para vida das pessoas.
A palavra que tem poder quando usada com amor também destrói quando é usada com desamor, dizemos coisas que destroem as pessoas. Há palavras de desamor como: "Você não serve para nada!", "Não te perdoo!"; "Eu te odeio!"...
Em alguns lugares é fácil dizer palavras de amor, especialmente quando se deseja impressionar; o desafio é encher-se de palavras de amor e levá-las para os lugares que você vive a maior parte do seu tempo, como o trabalho. Todos os dias você tem o poder de destruir e de construir as pessoas.
Outro tipo de palavra é a palavra de indiferença, que não é nem palavra de amor e nem desamor. Muitas vezes, você trabalha em um consultório médico, as pessoas chegam preocupadas e você é indiferente. Cristão não pode ser indiferente! Este é o mal do século, porque as pessoas estão transformando tudo em "Eu", tudo é "Para mim..."
Não existe filho de Deus de segunda categoria; você é filho de Deus de primeira categoria! Você não é pequeno, nem incapaz, mesmo que pessoas tenham dito palavras de desamor para você.
Todos nós somos carentes e não precisamos de palavras de desamor, precisamos de palavras de amor. Dentro de nós, muitas vezes, há uma grande tempestade, mas do meio dessa agitação vem Jesus nos falar palavras de amor. Deus nos cerca com palavras amorosas. Por isso, não use palavras de desamor e de indiferença.
Permita-se ser um espelho de amor, transborde-o [amor] com gestos e palavras; mas para isso você precisa sentir o amor maior, que é o amor de Deus.
Falando sobre o poder da palavra, pegando este mesmo conceito "palavra de amor, de desamor e de indiferença", um grego diz que devemos pensar em três palavras antes de dizer algo:
Credibilidade: se eu for um mentiroso as pessoas não vão acreditar em mim. Nós não devemos mentir para ter credibilidade.
Fragilidade: quando uso palavras de amor para chegar ao ponto fraco do outro.
Todos nós temos um ponto fraco, ou seja, o nosso lugar frágil; jamais podemos fazer do ponto fraco do outro motivo de humilhação, pois tudo que humilha o outro não edifica.
Razão: é se preparar para levar a palavra, ter discernimento para saber o que a pessoa precisa ouvir. Pense um pouco na palavra de desamor que você profere: "Não gosto de gente assim!"; "Você não me agrada!"; "Saia daqui!"; "Eu te odeio!"...
Hoje peça aos anjos para retirar de você todas estas palavras negativas e tome mais cuidado com o que vai dizer
Gabriel Chalita

AFILIADA DA GLOBO É CONDENADA POR AFASTAR REPÓRTER ACIMA DO PESO

Ranniery Queiroz foi afastado de suas atividades sob a alegação de
 estar acima do peso
Ranniery Queiroz foi afastado de suas atividades sob a alegação de estar acima do peso


Um jornalista afastado da função de apresentador de programa de TV sob o argumentos de que estava acima do peso vai receber 25 mil reais de indenização por assédio moral. A decisão é da Primeira Turma do TRT de Mato Grosso em julgamento de recurso ordinário.
O jornalista recorreu ao Tribunal após ter tido todos os seus pedidos considerados improcedentes pelo juiz José Roberto Gomes Junior, em exercício na 4ª Vara do Trabalho de Cuiabá. Além do assédio moral, o trabalhador recorreu pedindo diversos outros direitos que foram negados pelo juiz singular, o qual ainda o havia condenado a pagar honorários advocatícios.
No Tribunal, o relator, juiz convocado Aguimar Peixoto, analisou as provas, principalmente o que disseram as testemunhas, e concluiu que a empresa afastou o jornalista da função de apresentador de programa porque ele estaria com o peso acima do padrão que seria exigido. Reconheceu também que após o afastamento, ele se tornou motivo de chacota no local de trabalho.
Esse comportamento da empresa foi classificado pelo relator como "assédio moral, incompatível com a dignidade da pessoa e com a valorização e a função social do trabalho humano." O magistrado assentou ainda que não existe na legislação exigência quanto ao peso máximo para o exercício da profissão de jornalista como apresentador de televisão.
Assim, condenou a emissora a pagar ao jornalista uma indenização por dano moral no valor de 25 mil reais.
O relator também reformou a sentença para concluir que o trabalhador tinha direito de receber adicional de horas extras compensadas e reflexos, remuneração e reflexos pela não concessão de intervalos intrajornadas e diferenças salariais e reflexos decorrentes de equiparação salarial com o que recebia um colega de trabalho que exercia mesma função. Em seu voto o juiz ainda absolveu o jornalista de pagar honorários advocatícios.
A Turma acompanhou o relator por unanimidade, menos quanto à questão da condenação em danos morais, que não foi concedida pela desembargadora Beatriz Theodoro, vencida neste ponto.

 por Ascom/MT

PADRE FÁBIO DE MELO CRITICA PADRES DE ARAPIRACA


O escândalo sexual envolvendo padres do município de Arapiraca, ligados a Diocese de Penedo, continua causando polêmica e mobilizando alguns representantes da Igreja Católica que repudiam tal ato e esperam que os culpados sejam punidos na dimensão de seus delitos.
Após o pronunciamento do papa Bento XVI, do Bispo de Penedo, Dom Valério Breda, que insiste em dizer que soube do escândalo recentemente e, do Senador Magno Malta, presidente da CPI da pedofilia, foi a vez do famoso Padre/Cantor Fábio de Melo, que classificou o escândalo sexual como crime hediondo. “Usar o dinheiro do dízimo para comprar o prazer sexual com jovens é crime hediondo e assim deve ser tipificado”, disse o padre.
Fabio de Melo não se negou a falar sobre o caso e para ele o assunto tem que ser combatido de frente e de cabeça erguida, uma vez que a instituição “Igreja Católica”, não merece ser apedrejada por esses homens de pouca fé e pobres de espírito.
“O Cristo que eu anuncio não é pedófilo. Considero abomináveis esses padres que se utilizaram do poder do sacerdócio para abusar de crianças. Quanto maior é a autoridade religiosa, maior deve ser o seu zelo com a comunidade” explicou o Padre.
O padre mostrou que está por dentro de todos os casos no município alagoano, e também criticou a atitude das autoridades religiosas que, segundo ele, ao invés de tomarem atitudes mais enérgicas, apenas afastam os padres o que não reprime e nem intimida ninguém.
“Não tenho medo de ser polêmico. Só tenho medo de não ser autêntico. Não me sinto menos padre por me vestir como um jovem nos dias de hoje. Mas posso garantir que em nenhum momento eu me esqueço do meu compromisso com Jesus. Sou padre e esta é a minha condição” finalizou Padre Fábio de Melo.

CLARICE LISPECTOR E MARINA COLASANTI


CLARICE LISPECTOR
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
 
Clarice Lispector

Marina Colasanti é herdeira direta da prosa de Clarice Lispector. Essa inspiração é perceptível nesta obra de contos que seguem uma perspectiva feminista ao olhar determinadas imagens da sociedade brasileira. A discussão em torno das relações de gênero são marcadas por uma posição de antagonismos entre os discursos dos diversos personagens.
Uma marca constante na obra é a apresentação de situações limites entre os personagens que tem como principal problema a solidão e a incapacidade de confiar nos outros. Os finais abertos garante ao leitor uma possibilidade riquíssima de se colocar no lugar dos personagens e através dessa abertura provocar sensações que nos colocam próximos Desse universo denso que é a nossa realidade. Muito bom. *****

DEPUTADOS FEDERAIS TRAÍRAM O POVO!!! IRACEMA VERLY DE SALLES


1 MINUTO DE SILÊNCIO!
Não é pelas mortes causadas pelas chuvas,
mas sim para o povo brasileiro.
 
Ontem os deputados federais
mostraram a cara e não votaram
o projeto de lei FICHA LIMPA.
 
Para quem não sabe, ontem foi rejeitada a votação, na Ordem do Dia
da Câmara Federal, o Projeto de Lei FICHA LIMPA,
que impede a candidatura a qualquer cargo eletivo,
de pessoas condenadas em primeira ou única instância
ou por meio de denúncia recebida em tribunal
– no caso de políticos com foro privilegiado –
em virtude de crimes graves como:
racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas
e desvio de verbas públicas.
 
A IMPRENSA FOI CENSURADA E ESTÁ IMPEDIDA DE DIVULGAR!

PORTANTO, VAMOS USAR A INTERNET
PARA DAR CONHECIMENTO AOS OUTROS
198.000.000 DE BRASILEIROS
QUE OS DEPUTADOS FEDERAIS TRAÍRAM
O POVO!!!

SAUDADES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Quando penso em você me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...
Tento apenas superar
a imensa saudade que me arrasa o coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.
É através desse tal sentimento, a saudade,
que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...
A delicadeza de tuas palavras
contrasta com a imensidão do teu sentimento.
Meu ciúme se abranda com tuas juras
e promessas de amor eterno.
A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...
E nesse momento de saudade,
quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...
Tudo isso acontece porque amo e penso em você...

William Shakespeare

MUDANÇA DE VIDA: Pe MARCELO ROSSI

A vida muda em um minuto apenas.

Em um minuto apenas DEUS providência o socorro.

Pode ser um coração atento, uma mão amiga, um pedaço de papel

impresso caído na calçada.

Papel que o vento não o levou para longe.

Um minuto apenas e o amor volta e a esperança renasce.

Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens clareando tudo.

Não se desespere, espere, o socorro chega.

Um minuto apenas...

O panorama se modifica. A vida refloresce.

Tenha paciência, não se entregue à desesperança. Aguarde.

Enquanto você sofre DEUS providência o auxílio.

Aguarde, um minuto apenas, sessenta segundos.

Uma vida. Um minuto a mais.

Em um minuto apenas, a misericórdia divina se derrama cheia de

bênçãos em sua vida, tirando toda escuridão do

seu coração.


AMADOS COM UM SORRISO!! Pe. MARCELO ROSSI














Amados ei, com carinho, com um sorriso você salva vida

Amando você ensina amar;

Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado;

Hei!! Tá de luto?

Agora você reconhece o quanto é importante sua vida;

Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar;

Não espere...

Não espere a enfermidade para perceber o quanto é frágil a vida;

Não espere pessoas perfeitas para então se apaixonar;

A mágoa tem que entrar para pedir perdão, não;

A separação para sentir saudade;

A dor para acreditar na oração;

Elogios para acreditar em si mesmo;

Que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado;

Não espere...

Não espere o eu te amo, para dizer eu também;

Não espere ter dinheiro para contribuir

Não espere o dia da sua morte para começar a amar a vida;

E então, o que você está esperando?

Evangelize...

AMOR ÁGAPE O VERDAEIRO AMOR


Doar, Ágape o verdadeiro amor, o amor de Deus

Com um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte Antônio, muito apressado pediu urgência no

atendimento, pois tinha um compromisso.

O médico doutor Evandro que o atendia, curioso perguntou o que tinha de tão urgente para fazer.

O simpático Antônio lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos,

com mal de Alzheimer muito avançado.

O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:

- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?

No que o senhor respondeu:

- Não, ela já não sabe quem eu sou.

Há quase cinco anos que não me reconhece mais.

O médico então questionou:

- Mas então para quê tanta pressa, e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?

Antônio então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu:

- Ela não sabe quem eu sou... Mas eu sei muito bem quem ela é!

Doutor Evandro teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava...

O verdadeiro AMOR, não se resume ao físico, nem ao romântico.

O verdadeiro AMOR é aceitação de tudo que o outro é...

De tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!

TENHA VOCÊ TAMBÉM O VERDADEIRO AMOR EVANGELIZANDO DE CORAÇÃO.

SINAL DA CRUZ: Pe MARCELO ROSSI



O SINAL DA CRUZ

(†)-Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso Senhor, (†) dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho

e do Espírito Santo. Amém

Quantas pessoas fazem o Sinal da Cruz, ou como se costuma dizer, o “Pelo Sinal” antes das orações, ou pelo menos

uma vez ao dia?

A impressão que temos é que o número é bastante reduzido, especialmente entre os mais jovens.

A maioria faz, e às vezes de modo displicente, como um salamaleque, o “Em nome do Pai”, ficando só no gesto,

sem invocar a Santíssima Trindade.

O Sinal da Cruz é uma oração importante que deve ser rezada logo que acordamos, como a nossa primeira oração,

para que Deus, pelos méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja durante todo o dia.

Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos proteção contra os nossos inimigos.

Que inimigos?

Todos aqueles que atentem contra a nossa pessoa, para nos causar tanto males físicos, quanto espirituais.

O Sinal da Cruz, feito antes de iniciarmos as nossas orações, nos predispõe a bem rezar.

† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz em nossa testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja

a nossa mente dos maus pensamentos, das ideologias malsãs e das heresias, que tanto nos tentam nos dias de

hoje e mantendo a nossa inteligência alerta contra todos os embustes e ciladas do demônio;

† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com esta segunda cruz sobre os lábios, estamos pedindo para que de nossa

boca só saiam palavras de louvor: louvor a Deus, louvor os Seus Santos e aos Seus Anjos; de agradecimento

a Deus, pois tudo o que somos e temos são frutos da Sua misericórdia e do Seu amor e não dos nossos méritos:

que as nossas palavras jamais sejam ditas para ofender o nosso irmão.

† Dos nossos inimigos – esta terceira cruz tem como objetivo proteger o nosso coração contra os maus

sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros vícios; fazer dele uma fonte inesgotável

de amor a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo; um coração doce, como o de Maria e manso e humilde

como o de Jesus.

Hoje, domingo de Ramos e nós vamos convidar as pessoas para participar

Pe Marcelo Rossi



VAMOS EVANGELIZAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!


O AMOR E SUAS FASES: LUÍS VAZ DE CAMÕES


Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
GOSTAR NÃO GOSTAR: Luis de Camões
- Aqueles claros olhos que chorando
Ficavam quando deles me partia,
Agora que farão? Quem mo diria?
Se porventura estão em mim cuidando?

Se terão na memória, como ou quando
Deles me vim tão longe de alegria?
Ou se estarão aquele alegre dia
Que torne a vê-los, na alma figurando?

Se contarão as horas e os momentos?
Se acharão num momento muitos anos?
Se falarão com as aves e com os ventos?

Oh, bem-aventurados fingimentos,
Que nesta ausência tão doces enganos
Sabeis fazer tristes pensamentos

Luis de Camões

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO


Em algum lugar do passado você deixou de acreditar,
deixou aqueles velhos sonhos, quase infantis, sumirem.
Muitos dos desejos viraram poeira, são rastros da ilusão,
em algum ponto da vida te magoaram,
e você secou o seu coração...
Onde a vista escureceu?
Onde o amor se perdeu?
Onde o perdão se esvaziou?
Onde as certezas viraram dúvidas?
Onde o medo se fez mais forte e você perdeu?
Onde você não se encontra?

Pois hoje, um anjo vem te falar:
você está ai mesmo, dentro de você,
a mesma pessoa com sonhos, agora acumulados,
agora amadurecidos pela decepção,
que é um ensinamento poderoso,
que mostra que devemos cuidar dos nossos desejos,
examinar nossos pensamentos,
ter tempo para a reflexão.

Num mundo onde tudo é tão rápido,
o amor não pode ser mais descartável,
mas as paixões parecem mais ilusórias.
Entregamos nossa vida nas mãos dos outros,
e as vezes, esse outro é um desconhecido,
é alguém que nós imaginamos, idealizamos,
mas não conhecemos.

Você, e só você,
pode estabelecer um novo tempo,
um reviver de sonhos, uma oportunidade,
uma nova estrada que começa agora com o seu primeiro passo,
ainda que cambaleante, doloroso, indeciso,
ainda assim, é o primeiro passo, é o dia seguinte,
é o renascer das cinzas, como a fênix,
que abre às asas para voar alto,
muito além do passado,
que enterramos agora,
para ser um novo tempo,
tempo de ser mais você.
  Eu acredito em você!














((Paulo Roberto Gaeke))